quinta-feira, 29 de julho de 2010

GRANDES MESTRES ICONÓGRAFOS

Disponibilizamos, abaixo, o nome de alguns dos principais representantes da iconografia russa e grega. Sem esgotar a lista do número de grandes mestres da arte, que serviram com humildade, anonimamente ou não, pequenos e grandes, cujos nomes estão escritos no Livro da Vida.

Evangelista São Lucas

Numa postagem anterior já mensionamos este santo como o patrono dos iconógrafos e o primeiro iconógrafo. Autor de ícones de tipologia mariana, porém nenhum desses permanece até os dias de hoje.

Dionísio de Furná (Διονύσιος εκ Φουρνά)

Nascido por volta de 1670 na aldeia de Furná de Halkis. Escreveu muitos ícones portáteis, como também murais (afrescos), principalmente na Igreja do Santo Precursor, no Monte Athos (Άγιον Όρος), onde ele morava. Grande admirador do trabalho de Manoel Panselinos, que tentou imitar. Ele é considerado um dos mais significativos hagiógrafos de seu tempo. Tendo profundo desejo de trazer de volta a tradição bizantina que estava em declínio, devido à influência do estilo ocidental escreveu a "Hermenêutica da Pintura". Devido à sua grande ligação com os protótipos tradicionais, sofreu perseguições por seus colegas e foi forçado a deixar o Monte Athos. A data precisa do seu repouso nos é desconhecida.

Manoel Panselinos

Grande mestre iconógrafo do século XIV e um dos mais importantes representantes da Escola Macedonica. Segundo a tradição ele era de Tessalônica, Grécia. Somente a partir de Dionísio de Furná em seu manuscrito "Hermeneutica da Pintura", que se ficou sabendo que a hagiografia da Igreja de Protato (Πρωτάτο Καρυών), no Monte Athos, era de Manoel Panselinos. Dionísio conta, ainda, que Panselinos escreveu alguns ícones portáteis, porém não nos dá maiores informações sobre eles. Finalmente, a hagiografia da Capela de Santo Eutímio, em São Demétrios, em Tessalônica, acredita-se, foi feita por Panselinos devido à semelhança em relação à técnica e aos traços feitos na Igreja de Protato (Πρωτάτο Καρυών).

Monge Andreij Rublëv (Андрей Рублёв)

Santo monge e iconógrafo da Igreja Russa. Nascido em 1360 e falecido em 1430 é considerado o maior pintor russo de ícones, afrecos e miniaturas para iluminuras. Há pouca informação sobre sua vida. A primeira mensão de Rublëv é em 1405, quando ele decorou os ícones e afrescos da Catedral da Anunciação, no Kremlin, em Moscou. Na arte de Rublëv duas tradições se combinam: o mais alto ascetismo e a harmonia clássica das maneiras bizantinas. As personagens em suas pinturas são sempre calmas e pacíficas. Mais tarde, sua arte se tornou o ideal quando se fala em pintura de igrejas e arte icônica. Rublëv foi canonizado em 1988, pela Igreja Ortodoxa Russa.

Teófanes, o Grego (Θεοφάνης)

Foi um artista grego bizantino e um dos maiores pintores de ícones da Moscóvia, professor e mentor de Andreij Rublëv. Teófanes nasceu na capital do Império Bizantino, Constantinopla (1340). Em 1370, mudou-se para Novgorod e, em 1395, para Moscou. Teófanes conhecia filosofia e tinha uma ampla erudição. Decorou em afresco as paredes e tetos de várias igrejas, entre elas: A Igreja da Transfiguração na Rua Ilin, em Novgorod (1378), a Igreja da Natividade de Maria (1395) e a Catedral da Anunciação, ambas no Kremlin, junto com Andreij Rublëv e Prokhor de Gorodets (1405). Sua morte data-se do ano de 1410.

Prokhor de Gorodets (Прохор с Городца)

Pintor medieval russo de ícones, possivelmente o professor de Andreij Rublëv. Junto com Rublëv e Teófanes, o Grego, Prokhor pintou vários afrescos na velha Catedral da Anunciação, no Kremlin, em 1405 (a Catedral foi reconstruída em 1416). Historiadores russos atribuem um número de ícones dessa catedarl a Prokhor, incluíndo as obras na iconóstase da igreja.

Andreas Ritzos

Iconógrafo que viveu na segunda metade do século XV. Seus trabalhos são encontrados na Itália e na Ilha de Patmos.

Photis Kontoglou (Φώτης Κόντογλου)

Nasceu em 1895. Após a morte de seu pai, seu tio, o padre e monge Stephan Kontoglou, abade do mosteiro de Saint Paraskevi, assumiu sua custódia. Em 1923, em viagem para Monte Athos, descobriu a hagiografia bizantina e, desde então, lutou para o renascimento da arte. Durante a década de 1950-60 chegou ao ápice de sua eficácia hagiográfica. Escreveu vários ícones portáteis e murais em afresco. Considerado o restaurador da hagiografia ortodoxa e grande fiel da tradição ortodoxa. Repousou em 13 de julho de 1965, devido a complicações sofrido em um acidente automobilístico.



A Deus seja a Glória! Δόξα τω Θεώ!