domingo, 18 de setembro de 2011

OS ÍCONES E A DEVOÇÃO PARTICULAR

O lugar de presença do ícone está diretamente relacionado com a liturgia e o culto. É na iconostase que os ícones se mostram como objetos que unem o mundo criado com o divino; como as janelas através do qual há esse encontro. Muito mais que a arte religiosa estilizada, os ícones são sacramentais, ou seja, torna presente a realidade do divino. Essa presença deve estar, antes de tudo, dentro da alma humana e, por isso, permanecer onde o fiel estiver por isso ele leva o ícone consigo e o reconhece como tal. A imagem do ícone no local de trabalho, na casa, na escola, no corpo ou em qualquer lugar é um indicativo da presença de Deus.

Assim, os ícones devem permanecer nos lugares de destaques na casa do fiel e ter sempre uma lâmpada acesa, indicativo da presença daquele que está representado. Quem entra, antes de saudar o dono da casa, inclina-se ou faz um sinal em homenagem ao ícone colocado em lugar alto para elevar o olhar ao Altíssimo.

Quando encomendar um ícone?

A escolha do ícone geralmente é feita a partir de um acontecimento especial na vida particular ou familiar. O nascimento de uma criança, por exemplo, pode-se encomendar um ícone do seu padroeiro (santo ou festa litúrgica do mesmo dia do nascimento) ou do onomástico (santo que leva o nome da criança) e o colocar sobre o berço.

Outro caso bastante comum para se encomendar um ícone é o fato de, na cerimônia do casamento a noiva é precedida por uma criança que carrega um ícone; este ícone será colocado em um lugar de honra no novo lar.

Os ícones familiares são aqueles que foram encomendados para representar os santos dos quais os membros da família levam os nomes. Estes santos são pintados, às vezes, nas bordas de um ícone, que tem como centro eventualmente a imagem da Mãe de Deus.



A Deus seja a Glória! Δόξα τω Θεώ!

Um comentário:

Maria Luiza disse...

Muito interessante. Adorei saber desses detalhes. Os meus estão em destaque mas tem lâmpada. Lindo post! Abraços!